O
aluno da educação básica quando começa os seus estudos acerca da história do
Brasil e da história universal sofre uma espécie de “choque cultural” ao
perceber que o seu conhecimento dos significados das palavras (quase) sempre
não pode ser aplicado para desvendar (interpretar) os sentidos de um texto e\ou
documento histórico. Algumas vezes podem até coincidir, mas em muitas outras não.
Compreender
o sentido de uma palavra na perspectiva da história significa resgatar o que
foi essa palavra no seu contexto histórico-espacial original. É importante
perceber também que as pessoas de uma outra época tinham um referêncial
específico para um dado termo que pode ser bem diferente daquele que usualmente
é aplicado nos dias de hoje. Pois, a nossa língua é extremamente dinâmica,
sofrendo influências do processo histórico, do espaço geográfico, do tempo, das
relações sociais e das interações com outros povos que podem gerar mudanças
tanto na grafia como no sentido. Muitas palavras tomaram outros sentidos ao
serem transladadas de Portugal para o Brasil ou foram incorporadas ao português
a partir das línguas indígenas, africanas e de outros povos, com os quais o
português esteve ou ainda está se relacionando. Isto ocorre em virtude do fato
da língua e da linguagem ser em sua essência objetos históricos que estão
relacionadas inseparavelmente daqueles que as falam. É por isso que as línguas
são elemento fortes no processo de identificação social dos grupos humanos.
Os
alunos atuais têm uma carência no que se refere ao estudo da língua portuguesa
e da história, em particular, do ensino do léxico. Este não é algo simples.
Pelo contrário, é um grande desafio que envolve o estudo do dicionário, de
enciclopédias e outros livros que são pouco atrativos para jovens num mundo
digital. No entanto, tais livros são utéis caso o professor saiba instigar o
aluno ao processo de aprendizagem de ampliação do vocabulário histórico.
É
importante ressaltar que a definição de palavras e termos desempenham um
importante papel importante no processo de comunicação, na leitura de textos
históricos e na construção de diversas perspectivas do conhecimento humano. A
aprendizagem do léxico se processa de modo contínuo ao longo de toda a vida. O
nosso desafio como professor de história é buscar novas formas com que garantam
a ampliação do conhecimento histórico.
É provável que a ampliação do vocabulário de termos específicos da disciplina História permitirá
aos alunos do terceiro ano do ensino médio uma maior e melhor compreensão de
textos e documentos históricos. Mas como fazer isto?
Uma sugestão é construir um glossário com termos
específicos do vocabulário da História Contemporânea que possibilite ampliar o vocabulário
dos alunos do terceiro ano do ensino médio e, consequentemente, crie uma
ampliação da competência linguística e comunicativa dos alunos. Ao mesmo tempo, os alunos e professores podem utilizar esse novo vocabulário em novos textos devidamente orientados pelo professor. O que certamente irá garantir uma melhor compreensão dos termos históricos específicos. Além do emprego adequado dos
termos lexicais em textos orais e escritos da disciplina de História.
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