sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Filosofia e Prática Social

Filosofia e Prática Social

É sabido por todos que a filosofia é de fato uma forma de sensibilidade diferenciada. Quando do seu surgimento, a filosofia (do grego ''amor à sabedoria'') não aparece como uma forma de saber, mas como uma relação, afetiva, sensível com o saber. Os gregos compreender o saber e a ignorância de modo distinto daquele que anteriormente existia. Se antes o saber era apreendido como uma plenitude, a ignorância como carência e falta; agora, no mundo helênico, esse panorama sofre uma inversão, a saber: o saber é uma falta (lembre-se de Sócrates que dizia '' só sei que nada sei'', assim, somente aquele que ignora busca a sabedoria, ou seja, o que mais ignora é o que mais sabe, apesar de ser o único a saber que ignora) e a ignorância é uma plenitude. .
O que nos diferencia dos outros seres segundo Sócrates não é nem a ignorância nem a sabedoria. Mas, o nosso olhar diante da ignorância e da sabedoria. Ou nós percebemos ou não. Ou acolhemos ou a espantamos. Sócrates acolheu o fato de nada saber e através do método dialógico (do diálogo) buscou o verdadeiro conhecimento. Ele não ficou preso nem no jogo de claro e escuro das sombras da caverna nem na falsa aparência de verdade da opinião (da doxa). Mesmo, quase inatingível, .Sócrates buscou a luminosidade da verdade na episteme e no logos.
E ao encontrar a verdade, ele retornou ao fundo da caverna e tentou conscientizar os outros de que aquilo que era mostrado pelos sentidos na verdade era pura engano o e erro. Sócrates decidiu não fazer essa busca só para si, mas também com todos os outros. Aqui é o momento em que a filosofia se encotra com a educação. Mesmo não ensinando, os outros aprendem com ele. Sócrates rejeita o papel de mestre, mas a sua postura e os seus valores fazem com que ele seja muito copiado (principalmente, pelos jovens).
Para o filósofo, educar é muito mais do que transmitir conhecimentos, mas passar para o outro sensibilidade, levá-lo a um certo modo de olhar. Não há o que ensinar, a não ser que cada um deve cuidar de si próprio. Deve ser transmitido não um saber, mas uma inquietude acerca de si.
Por isto podemos dizer que uma vida sem filosofia (sem sabedoria, no sentido grego do termo) não tem sentido e não merece ser verdadeiramente vivida.

É ATRAVÉS DA FILOSOFIA QUE CHEGAREMOS A UM CONHECIMENTO MAIS APROFUNDADO DA REALIDADE

O que é filosofia?

Filosofia é a pesquisa crítica e racional dos princípios fundamentais relacionados ao cosmos (mundo) e ao ser humano. É o estudo de tudo, o modo como apreendemos o mundo e a nós mesmos e as outras pessoas, a natureza e todas as coisas e situações que vivemos e presenciamos em nossas vidas.
Socialmente, os filósofos são importantes por superarem os paradigmas socialmente estabelecidos, fazendo com que o sujeito através de seu esforço obtenha um pleno estado de satisfação que gerará um momento de bem estar.

A Filosofia busca revelar o que ainda não foi revelado, ou seja, representa a busca o conhecimento. Para a sociedade, a produção dos filósofos é de grande relevância no processo de transformação. Isso ocorre de muitas formas: projetos desenvolvidos pelos filósofos que possibilitam inúmeros avanços com relação a liberdade e aos pensamentos e ações na nossa vida contemporânea. Por exemplo, foi o filosofo, Poulain de La Barre que pela primeira vez desenvolveu e reivindicou o direito a educação para as mulheres.
Principais características da Filosofia são:

* tendência racional,
* submissão dos problemas a analise,
* o pensamento é a fonte do conhecimento,
* o não aceitar as noções pré-concebidas,
* descobrir as semelhanças e dessemelhanças entre as coisas.


(...) filosofar é promover uma reflexão profunda sobre a natureza e o ser humano, analisando o que fazemos, sentimos, pensamos e manifestamos. Aprender a filosofar contribui para a compreensão do mundo e nos impulsionou a desempenhar um papel mais consciente e ativo dentro dele. (COTRIM, Gilberto. Fundamentos da filosofia: história e grandes temas. Volume único. São Paulo: Saraiva, 2010, p.20)

Filosofia & Serviço Social

O Serviço social pode ser caracterizado como:

* uma profissão legitimada socialmente com caráter social e que está intimamente vinculada a uma visão de homem e mundo, respondendo as necessidades da sociedade.
* uma necessidade compreendida pela sociedade a fim solucionar necessidades que surgem de acordo com as transformações geradas, tanto pelo mundo social quanto pelo mundo do trabalho.
* enfrenta diferentes dilemas, os quais, podem ser analisados a partir da
Filosofia

Nenhuma pessoa ou sociedade pode viver sem que tenha estabelecido um conjunto de conceitos e ideias, que dê significado para a sua forma de existência e ação no grupo social.

O ato de filosofar implica quase sempre num questionamento consciente pelo significado das coisas, dos seres e do mundo, uma vez que é a resposta que uma sociedade traz a dupla exigência de refletir criticamente e de explicar teoricamente, ou seja, é um processo de pensar o real (o concreto) de tal forma que revela os conceitos e valores que compreende e direciona orientam vida individual e social.

A Filosofia, dá suporte ao profissional junto a sociedade quanto aos problemas existentes, no seu cotidiano.

A ação investigativa via Filosofia:

• atua com a intenção de mostrar outra realidade para o profissional e que a partir daí ele possa desenvolver novos métodos de atuação adotando uma nova postura na sua pratica profissional.
• oferece aos profissionais a oportunidade de pensar em si mesmos e ao seu fazer profissional. Onde cabe a disposição dos profissionais para analisar e refletir de forma aberta e transparente na sua perspectiva.
• permite que a prática desloque as múltiplas determinações que constituem o cotidiano da pratica profissional, avançando no desenvolvimento de estratégias pedagógicas, colocando os profissionais em permanente dialogo, subsidiando os profissionais na emissão de resposta qualificada, aprendendo e traduzindo no concreto real o conhecimento acumulado ao nível da teoria social e das teorias mediadoras, construindo um conhecimento novo e criativo capaz de iluminar e subsidiar a pratica cotidiana.
• permite resgatar as categorias particulares, empíricas que dão movimento a sua intervenção, o que implica ir alem da visão limitante e aparente do cotidiano, reconstruindo o objeto da intervenção, que antes parecia descontinuo, dando-lhe uma dimensão histórica.

A ação investigativa cria a ocasião para o indivíduo refletir sobre si mesmo e o seu fazer profissional. .
A postura do profissional deve ser a de um sujeito questionador, cujo pensamento deva ser caracterizado por ser bastante critico com relação as praticas existentes pra sociedade.
Pela pratica do filosofar deve ser possível reavaliar as condições humanas e educacionais em que determinada situação está posta na vida contemporânea para que possa se pautar em sua atuação como agente inserido dentro de uma sociedade

Filosofia e Serviço Social: reflexão e ação, ação e reflexão, eis uma relação intrínseca e marcante na sociedade atual

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sinal dos tempos...

Premiê português sugere que professores desempregados deixem o país

Saiu no jornal on line Opera Mundi (veja no site ), a solução do governo de Portugal para o grande número de desemprego entre os professores. Depois é o Brasil que não é um país sério...


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Texto integral:





Premiê português sugere que professores desempregados deixem o paísPassos Coelho disse que eles deveriam procurar emprego na Angola ou no Brasil

O primeiro-ministro de Portugal, o conservador Pedro Passos Coelho, sugeriu que os professores desempregados emigrem para países lusófonos. O chefe de governo ainda realçou as “necessidades” educacionais do Brasil.

Em uma entrevista publicada no domingo (18/12) ao jornal Correio da Manhã, o líder do PSD (Partido Social-Democrata) foi questionado se aconselharia os “professores desempregados a “abandonarem a zona de conforto” e a “procurarem emprego em outro país”.

Efe

O premiê português, Pedro Passos Coelho

O premiê, por sua vez, sugeriu que eles fossem para Angola. “E não só. O Brasil tem também uma grande necessidade no nível do ensino básico e secundário”, disse.

Pedro Passos Coelho deu esta resposta depois de ter referido as capacidades de Angola para absorver mão-de-obra portuguesa em setores relacionados à tecnologia de informação e ainda em áreas relacionadas à saúde, educação, meio ambiente e comunicações”.

“Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm ocupação a esta altura. O próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos”, afirmou, sem apontar qualquer outra saída.

“Estamos com uma demografia decrescente, como todos sabem. Portanto, nos próximos anos, haverá muita gente em Portugal que, das duas uma: ou consegue se formar como professor e ao mesmo tempo estar disponível para outras áreas, ou, querendo manter-se como professores, podem olhar para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa”, explicou.

Portugal é um dos países da Europa com menor nível de escolarização da população, segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano de 2011, publicado em novembro pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

No país ibérico, a escolarização média da população com mais de 25 anos é de 7,7 anos. Em outros países europeus afetados pela crise, como na Grécia e na Itália, o índice chega a 10,1 anos. Na Espanha, é de 10,4 e, na Alemanha, de 12,2 anos.