quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Observações sobre o trabalho acadêmico e científico


                 Observações sobre o trabalho acadêmico e científico

Texto de Ronaldo Campos


Você já se perguntou qual é a verdadeira importância de uma pesquisa acadêmica-científica? Provavelmente, muitas vezes. Em primeiro lugar. é preciso definir o que é uma pesquisa científica e quais as suas principais possibilidades. 

No nosso mundo globalizado e conectado, cada vez mais as pesquisas científicas possibilitam alargar os nossos horizontes e a nossa forma de ver o mundo, incentivando-nos a ter uma abordagem mais crítica e analítica sobre a realidade social na qual estamos  inseridos e da qual fazemos parte. A ciência é um importante instrumento para construir questionamentos do mundo que nos cerca e do saber que nos é apresentado como verdade. A ciência nos permite compreender que a verdade não é algo dado como absoluto e imutável. A verdade também é uma construção histórica. Não é um dado  dogmático (determinante de certezas) alienado (longe da história) e a–histórico. 

O trabalho científico muitas vezes assume a forma  dissertativa, pois o seu objetivo (em muitas situações) é o de demonstrar, mediante argumentos, uma tese, que é uma solução proposta para um problema, relativo a determinado tema. Mas o conhecimento humano não se restringe apenas ao saber científico. 

Os tipos de conhecimentos são o senso comum, o conhecimento filosófico e o conhecimento científico. Quando falamos em senso comum estamos nos referindo aquele tipo de saber predominantemente utilizado na solução de problemas cotidianos sem a ajuda das construções racionais e metódicas da ciência, sem os instrumentos que a ciência desenvolveu para que se atinja uma melhor compreensão do mundo. É um saber típico de pessoas comuns que os adquirem a partir das suas experiências de vida. É um conhecimento produzido por leigos que buscam dar respostas às questões e necessidades de seu mundo baseados num “conhecimento” cujo conjunto de formulações a ciência denomina “senso comum”.Para a ciência, o senso comum é um “conhecimento vulgar”, de uma “sociologia espontânea”, com a qual é preciso romper para que se torne possível o conhecimento científico, racional e válido.
No nosso dia a dia, lidamos com uma forma de saber que é o resultado das experiências levados a efeito pelo ser humano quando lidou (e ainda lida) com os problemas da nossa existência diária. É um saber essencialmente empírico, construído sem um planejamento rigoroso. É ametódico e bastante assistemático. Certamente é o mais antigo e está presente em praticamente todas as culturas da Terra. Sendo utilizado no cotidiano. Parte sempre de  generalizações muitas vezes apresadas e imprecisas. É um conhecimento subjetivo e preso as aparências. É também fragmentário  em comparação com a ciência, pois não estabelece conexões onde estas poderiam ser verificadas. 
Se o senso comum constrói o seu saber a partir da observação de dados sensíveis apreendidos por uma percepção imediata, pessoal e efêmera do mundo, o fato cientifico é um fato abstrato, isolado do conjunto em que se encontra normalmente inserido e elevado a um grau de generalidade. Sendo, a ciência o resultado da utilização de métodos rigorosos, os quais permitiram a ciência atingir um tipo de conhecimento sistemático, preciso e objetivo segundo o qual são descobertas relações universais e necessárias entre os fenômenos, o que permite prever acontecimentos e também agir sobre a natureza de forma mais segura.

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