Parece incoerência (e, na verdade, é mesmo), Francisco Campos, um dos ideólogos da Constituição do Estado Novo, foi também o autor de uma das mais importantes reformas educacionais realizadas no Brasil. Por isso, entre esses dois momentos, escolho o da reforma na instrução pública para lembrar do Chico Ciência.
Não pode existir
democracia sem educação. Nada vale um sistema perfeito de instituições sem
cidadãos na altura de compreender a solução de outros problemas capitais para a
vida e para o desenvolvimento de uma coletividade sem que primeiro se efetive a
educação do povo a qual tem nas suas mãos, as chaves de todos eles. É indispensável,
porém, que o povo de Minas realize
integralmente a consciência dos seus deveres em face da
Escola Mineira; que ele compreenda que nela e por ela o que se
está
fazendo é o
progresso da sua inteligência e da sua vontade; que ele
merecer que ela seja. Ao povo mineiro, pois, o derradeiro apelo – o de
tomar à
sua conta as suas escolas, o de velar por elas, o de trazê-las
vivas no coração.”
Francisco da Silva Campos.
Trecho do discurso
realizado por ocasião do encerramento do ano letivo de 1930.
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