Ah, o Instituto de Educação de Minas Gerais! Quem não conhece essa escola, minha gente? Quem nunca ouviu falar da escola de normalistas mais famosa das terras mineiras? O IEMG é muito mais que um prédio feito de tijolo e cal, todo pintado de tons de rosa. O Instituto, a nossa Eterna Escola Normal Modelo, é um coração vivo batendo forte no peito de Minas, um casulo antigo onde tantas gerações de moças, e depois meninos e moças, se fizeram borboletas, prontas para voar por esse mundo vasto.
Lá se foram os anos, mais de
um século de história. Desde 1906, durante o governo do grande republicano João
Pinheiro, quando nasceu ainda bem pequena com nome de “Escola Normal Modelo” e
com sede no casarão da rua Timbiras. Poucas alunas, poucas turmas. Mas um
destino grande, tão grande quanto o seu nome. Um nome tão comprido para um
sonho tão grande que se fez realidade! O lema, esse sim, a gente guarda na
memória: “Educar-se para educar”. Palavra bendita que se fez prática.
No começo, como toda história
de gente de respeito, era mais reservado, coisa de moça de família, um mimo
para a elite. O esmero na formação das professoras era a joia da coroa. Ali, no
soalho daquela escola, se plantava a semente do saber mais bonito, aquele que a
gente leva na alma para ensinar os outros. Era a referência, o farol aceso no
Estado.
Desta escola, saíram milhares
de professoras que com competência e sabedoria educaram muitas gerações. Tornando
possível o sonho de garantir a cidadania para aqueles que estavam excluídos. Quando
João Pinheiro e Carvalho de Britto idealizaram o projeto de uma grande reforma
na instrução pública, eles queriam garantir o direito ao voto para milhares de
mineiros. Naquela época, ser alfabetizado era uma exigência para participar da
vida cidadã. Logo, com a Escola Normal e os grupos escolares, uma nova geração
de mineiros teria a sua vida transformada. E, por sua vez, transformariam a
vida do nosso país.
Por isso, é que podemos
afirmar que a vida, como um rio, nunca para. Está em constante transformação. E
o IEMG (como a própria vida em movimento) cresceu, espichou os braços e abriu
as portas, feito mãe que acolhe todos os filhos. Hoje, é um gigante manso na
rede estadual. Tem o pequeno, o mocinho do fundamental, o rapaz do médio, do
curso técnico que continua a tecer a arte de cuidar do outro e até a educação
de quem já tem a vida vivida, buscando a luz do saber. Quer cumprir a promessa
de espalhar o ensino para todos os cantos, como manda a Secretaria. E faz
bonito, pode acreditar! Os resultados estão aí, nas provas que o governo faz e
nas aprovações dos meninos e meninas nas faculdades, sejam elas públicas ou
privadas, feito água que encontra o mar.
Não é só de livro e prova que
vive essa casa. O Instituto é também ninho de cultura. Já tivemos Coral,
revista e até uma rádio! A nossa fanfarra é a joia da coroa. Sempre marcando o
passo da alegria! Tudo isso é prova viva da cultura que floresce na escola,
perfumando a cidade inteira.
A educação, para o IEMG,
sempre foi o pão de cada dia, o tempero da vida. Ali se conversa, se revira o
avesso das dificuldades e se festeja o acerto, o sucesso de uma ideia nova. É
um quintal onde os saberes de aluno e professor se encontram, viram farinha e
fazem bolo.
Essa escola foi e continua
sendo um tablado iluminado, um palco de dança onde as reformas, as mudanças, as
revoluções do ensino dão seus passos. É lá que se ensina o que é preciso para o
aluno se levantar sozinho, ser produtivo no bem e responsável com a vida. Para
que cada um seja dono de sua história, sem se prender ao que é batido e sem
graça do senso comum. Essa busca por um caminho novo e mais florido, valoriza a
gente da comunidade que mora em volta, entendendo a escola como o lugar bendito
que ajuda a fazer a nossa sociedade mais junta, mais irmã e de braços dados.
É uma história de sementes,
raízes e frutos que não para de nos ensinar. Bendito seja esse Instituto!
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